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A Copa do Mundo de 2026: Um Gol de Placa para o Futebol, um Visto Difícil para o Torcedor?

Publicado em: 02 de agosto de 2025 Por: Redação Redondeta Em: Esportes
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A euforia pela Copa do Mundo de 2026 já começa a tomar conta dos torcedores, especialmente porque, após a vitória sobre o Paraguai, a seleção brasileira carimbou seu passaporte para o evento. No entanto, fora das quatro linhas, a corrida por um lugar nas arquibancadas promete ser um jogo duro, especialmente para os brasileiros.

A próxima Copa, a maior da história, será sediada por três países: Estados Unidos, México e Canadá. O problema é que o maior dos anfitriões, os EUA, se tornou o centro de um complexo e tenso embate diplomático com o Brasil. A política de imigração americana, já conhecida pela rigidez, parece estar se tornando ainda mais restritiva em meio a sanções e conflitos comerciais.

Recentemente, a Embaixada dos EUA no Brasil emitiu um alerta que, embora soe como um conselho, tem um tom de aviso: os torcedores que desejam assistir à Copa devem solicitar seus vistos "agora". Com a alta demanda e os longos prazos de espera, que podem superar meses, a burocracia se torna a primeira grande barreira para quem sonha em ver a seleção.

Além do desafio burocrático, há um cenário político que preocupa. O governo de Donald Trump, em meio às tensões comerciais e às ações judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, tem considerado a possibilidade de impor restrições ainda mais rígidas, o que poderia culminar na suspensão da emissão de vistos para brasileiros. A incerteza paira no ar e transforma o sonho de viajar para a Copa em uma aposta arriscada.

Para se ter uma ideia do nível de preocupação, a própria FIFA está avaliando a transferência de alguns jogos dos Estados Unidos para o Canadá, um país com políticas migratórias mais flexíveis. A medida, embora ainda em estudo, mostra que a entidade máxima do futebol reconhece a gravidade do problema e o risco de que torcedores de vários países não consigam entrar nos EUA.

Para os brasileiros, a situação é particularmente delicada. Já classificados para o Mundial, agora enfrentam a possibilidade de, mesmo com os ingressos e a passagem na mão, não conseguirem o visto necessário para apoiar a equipe. O jogo mais importante, no momento, é o da paciência e do planejamento. E, para muitos, é um jogo que já está sendo perdido, ou, pior, nem pode ser jogado.